quarta-feira, 24 de abril de 2019

ACONTECIMENTOS DE UMA INFÂNCIA NUNCA RELATADOS

AS IRMÃS POBREZINHAS

Depois que a Natércia se casou, as rotinas lá de casa alteraram-se, a minha mãe passou a ter menos tempo e paciência para me aturar e eu cada vez mais crescido e inquieto, passei a apanhar uns tabefes com mais frequência. O meu avô, ao tempo, passou a ir quase todos os dias a casa dos meus tios, tinham lá obras e ele tomou a responsabilidade e a vigilância dos trabalhos.

Perante este cenário, resolveram lá em casa mandar o rapaz para a Dª Lídia, uma senhora professora primária que por razões políticas foi afastada do ensino, passando a ganhar o seu sustento, ensinando, a miúdos, as primeiras letras, como se dizia à época. E foi assim que começou o meu percurso “Académico”.
A Dª Lídia era uma mulher de estatura mediana, seca de carnes, cabelo muito branco apanhado atrás em carrapito coberto por uma coifa.
Esta senhora, muito respeitada pela vizinhança, não era pessoa de sorriso fácil nem de muitas conversas, mas era um ser de reconhecido bom coração porquanto ensinava, gratuitamente, miúdos de famílias sem posses e pouco esclarecidas que preferiam mandar os filhos prá rua pedir esmola em dinheiro ou comer, para assim arranjar meios com que sobrevivência.
Foi assim que eu pela primeira vez contactei com a estrema pobreza, direi mesmo miséria, ao ter como colegas duas irmãs muito pobres que quer com frio ou calor vestiam sempre as mesmas escassas roupas, eram muito magras, os cabelos sempre desgrenhados e sujos que anos mais tarde ao ver na televisão imagens de crianças desnutridas em países africanos me veio à memória aquelas minhas ex-colegas, nunca mais soube nada delas, creio que professora que muitas vezes as acolhia lhes dava de comer, dentro das suas possibilidades, as obrigava a tomarem banho intercedeu para que fossem acolhidas pela Casa Pia.
Nesta escola cada um pagava de acordo com possibilidades das suas famílias e o lanchinho que levávamos para comer ao meio da tarde, tinha que ser repartido com os meninos que não tinham nada para comer, assim a minha mãe lá arranjava um lanche reforçado para que eu o partilha-se, no caso, com as “irmãs pobrezinhas” e foi assim que eu fui alertado e me apercebi, ao velas comer o pão em bocadinhos muito pequeninos e saboreados até à última gota de saliva o quanto deve ser triste a fome e a miséria.
Bom mas nesta escola não se aprendiam só as primeiras letras e os valores primeiros do humanismo, também tínhamos que ser disciplinados e educados uns com os outros razão pelo que fui bastantes vezes castigado talvez mesmo, de todos, aquele que mais tempo estive ao canto da sala a olhar prá parede. Era com este castigo que o meu avô lá em casa me ameaçava para me manter quieto.


Texto escrito por: FIS

Os Chás Da Olinda

Chá de Alfavaca de Cobra

O Chá de Alfavaca de Cobra ou (parietária) serve para tratar infecções urinarias e bexiga, serve também para lavagens de feridas.

Esta planta cresce em todo o lado, aqui em Lisboa ate na beira dos passeios.


Castelo de São Jorge

Castelo de São Jorge



O seu nome deriva da devoção a S. Jorge, santo padroeiro dos cavaleiros e das cruzadas, feitas por ordem de D. João I, séc. XVI.

O Castelo ergue-se sobre a mais alta colina do centro histórico, proporcionando uma das mais belas vistas sobre a cidade e o estuário do Tejo.
Foi a partir do séc. XIII, quando Lisboa se torna a capital do reino que o Castelo conheceu o seu apogeu.
Além do Palácio Real, também chamado Palácio de Alcáçova, foi palácio de bispos e nobres da corte.



Classificação Liga NOS


Feito por: Raul

segunda-feira, 15 de abril de 2019

As Receitas da Ju

PUDIM FLAN

Ingredientes
  • 12 Ovos  
  • 12 Colheres de açúcar
  • 1l Leite
  • Raspa de 1 limão pequeno
  • Açúcar q.b. para fazer o caramelo

PREPARAÇÃO
Pré aquecer o forno a 180º
Põe açúcar na forma e vai ao lume para caramelizar
Partem-se os ovos para um recipiente
Junta-se o açúcar e um pouco de leite frio e a raspa do limão e mistura-se tudo
O resto do leite põe-se ao lume a ferver
Mistura-se tudo põe-se na forma com o caramelo e vai ao forno em banho-maria
Bom apetite.

 

 

ACONTECIMENTOS DE UMA INFÂNCIA NUNCA RELATADOS

A QUEDA NA CALÇADA


Era dia de natal, ao fim da tarde o tempo estava chuvoso e a noite já era evidente. A família estava reunida à mesa, a volta do patriarca, em amena cavaqueira, eu era  muito miúdo e assistia calado sem autorização nem sequer para me levantar, quem me valia, muitas vezes, em outras ocasiões semelhantes, era a Natércia mas naquela tarde ela não estava colaborante, estava a ser um frete.
Eis senão quando;
Batem a porta, faz-se silêncio, olham uns para os outros e alguém diz:
- Quem será? Neste dia a esta hora.
Todos fixam os olhares vagamente na entrada da sala, até que, quem estava mais próximo da saída resolve ir ver quem era.
O tempo passou e o silêncio acentuou-se, até que a minha mãe veio ao corredor perguntar.
- Oh menina quem é?
Do outro lado não veio resposta, mas soube-se que quem era estava a ser atendida, na sala de entrada com a porta fechada.
Passou-se bastante tempo, todos estavam ansiosos e inquietos, até que por fim, lá se ouviram as despedidas da praxe e a minha tia apareceu, vinha com o rosto fechado, com a chamada cara de poucos amigos, bastante consternada e  com uma fugidia lágrima no olho.
- Eram os pais do “Zé Maria”.
Diz o meu pai muito depressa. –Querem ver, a Natércia escorregou na calçada.-
Eu ouvi e fiquei admirado como poderia ser, a Natércia esteve sempre ao meu lado e não tinha dito nada.
A conversa ia recomeçar, senão quando a minha tia, que era a tutora da Natércia depois da morte da mãe desta, se voltou, para  o irmão, com cara de poucos amigos.
- O que é que estás para aí a dizer! Deixa-te de graças que o momento não está para  brincadeiras.
O meu avô, com o seu ar de velho matreiro, lá foi dizendo à filha:
- Bem bem, vai lá falar com a rapariga para outro lado porque o miúdo (que era eu) está aqui.-
Logo agora que conversa talvez me começa-se a interessar é que o meu avô se saiu com esta do “miúdo”. Pois bem, eu até já estava habituado a deixar muitas vezes de sentir o tampo da cadeira quando o assunto me interessava, mas enfim, lá em casa eu não tinha voto na matéria. Ainda fiz uma tentativa, questionando como teria sido o acidente, mas nem para mim olharam, salvo a minha mãe que me disse:
- Não sabemos nada, mais tarde iremos saber.-
Passaram-se uns meses, entretanto a Natércia e o Zé Maria casaram e ela, talvez porque começou  a ter uma vida diferente, já não tinha tempo para nada e uma coisa curiosa, ela começou a estar cada vez mais gorda,  era frequente ela dizer que roupa já não lhe servia realmente ela estava com uma barriga cada vez maior e eu intrigado perguntava: -Se ela estava mais gorda e com a barriga grande se seria da queda?-
Até que por fim lá me disseram que não tivesse preocupado. –Era barriga d`água.-
Bem, sempre era uma doença, até porque eram frequentes as indisposições dela mas o seu ar feliz e a sua  alegria eram evidentes o que me deixava mais descansado.
E foi nessa incerteza que o tempo foi passando, ela cada vez ia menos lá a casa e eu por outro lado redobrava a atenção a todas as conversas relacionadas com ela.



Texto escrito por: FIS

História do Relógio - Relógio Despertador

Relógio despertador

 

O primeiro relógio despertador funcionava com o fogo, ao arder o pavio queimavam-se as cordas que sustentavam bolas metálicas que produziam som ao caírem num recipiente metálico.


 
Primeiro relógio Chinês
 
 
Por: M.Simões

 

Apuramento de Portugal para o Euro2020



Feito por: Raul