Luís Alves, o Negro, foi o homem mais odiado de Lisboa, que viveu desde 1806-1873, num pátio junto à Cadeia do Limoeiro e morreu na mesma com 66 anos de idade, já depois de ter ido abolida a pena de morte em Portugal.
O pátio passou a chamar-se o Pátio do Carrasco. O pátio do séc.19,com casinhas baixas e janelas pequenas ainda hoje existe Luís Negro era assim chamado devido à sua profissão e ao gabão preto que usava.

Nasceu numa aldeia de Vila Pouca de Aguiar e aos dez anos fugiu para Lisboa, regressando ao fim de alguns meses à sua terra.
Estávamos na guerra entre os absolutistas e os liberais e alistaram-no em 1822 no exército dos absolutistas.
Terminada a guerra um grupo de soldados do outro regimento, tentou capturá-lo na sua terra natal. Andou fugido mas acabou por ser preso.
Foram lhe imputados inúmeros crimes, mas apenas confessou duas mortes em legítima defesa.

Foi condenado à forca. A sentença foi confirmada, mas vê comutada a pena em troca do
emprego público de executor da Alta Justiça Criminal Recusou o cargo mas a pedido de sua mulher acabou por aceitar.
Apesar de até ao fim da vida ter carregado com o estigma, associado à sinistra figura de
carrasco, nunca chegou a executar qualquer sentença.
Diz-se que quando tinha que enforcar alguém pagava a quem o substituísse, visto que era
manifestamente contra a pena capital.
Elaborado por: Dulce
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